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Expansão Universitária, Democracia e Promoção de Igualdade.VII ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA UFPI

Por: Paulino de Jesus Francisco Cardoso   [1] “Enquanto os leões não tiverem os seus próprios historiadores, as histórias de caça continuarão glorificando o caçador ”. Provérbio Africano Resumo  No presente texto, escrito para ser lido, reflito sobre a expansão do ensino superior e sua relação com uma plataforma democrática em nosso país. Nele, a resistência acadêmica emerge vinculada a um compromisso da Universidade com a desigualdade estrutural que marca nossa história desde o seu nascimento. Sustento que as instituições de ensino superior foram fundamentais na manutenção das hierarquias coloniais no pós-abolição. As políticas de promoção de igualdade, combinada com a democratização via expansão do número de vagas em instituições públicas e privadas, e ao crescimento dos NEABS, configuram um assalto a um dos bastiões da supremacia branca. Reformar a universidade, traze-la para próximo das classes trabalhadores e demais grupos sociais vulneráveis, significa romper com

A Lei 10.639/03: significados e desafios da lunta anti-racista no Brasil

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Encerramento do curso de Arte africana, NEAB/UNIPLAC, 10 nov. 2007. Por: Paulino de Jesus Francisco Cardoso [1] Nada simboliza mais ascensão do Movimento Negro do que a transformação de uma antiga reivindicação em lei – a obrigatoriedade do ensino da História e da Cultura Africana e Afro-Brasileira nos escolas do país, um dos primeiros atos de Luiz Inácio Lula da Silva, como presidente da República Federativa do Brasil. Ao longo das ultimas três décadas, educadores e organizações anti-racistas lutaram em diferentes cidades e estados para aprovar e implementar legislações análogas e produzir experiências de uma pedagogia anti-racista. Pedagogia, como diria Amauri Mendes Pereira e Jeruse Romão, que refletisse um pensamento negro sobre educação. Este, compõem-se de um corpo diverso, centenário, de discussões que expressava (e expressa) as expectativas de intelectuais e ativistas afrodescendentes no pós- Aboliçao. Tal e qual a “Lei Áurea”, trata-se de um texto curto, somente dois artigos,

Políticas Culturais na Educação

Neste trabalho gostaríamos de apresentar aos colegas a discussão sobre o Multiculturalismo e suas implicações para o currículo escolar e a formação de professores, com o objetivo de estimular a reflexão sobre a presença no Brasil de uma multiplicidade de populações, portadoras e produtoras de uma diversidade cultural, enfatizando as relações que historicamente travam entre si, marcadas por desigualdades, exclusão e discriminação. Igualmente, incentivar a discussão sobre o impacto destas relações no cotidiano escolar, bem como, das diferentes políticas institucionais de promoção da igualdade. Cabe lembrar que esta problemática é internacional, estando presente em todos os continentes. Embora tenha sido intensamente debatida a partir dos anos 1960, nos Estados Unidos e Canadá, a discussão sobre este assunto se intensificou nas últimas décadas, devido aos efeitos da Globalização e da percepção de que a partir da segunda metade do séc. XX, o conjunto de mudanças vividas parece apontar para