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Mostrando postagens de outubro, 2018

Pepe Escobar: Bem vindo a selva!!!!

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ESCOLHA DO EDITOR  |  30.10.2018 Uma preocupante nova era começou no Brasil com a eleição no domingo da extrema-direita Jair Bolsonaro como presidente, escreve Pepe Escobar Pepe ESCOBAR É a escuridão no intervalo do meio-dia (tropical). Jean Baudrillard definiu o Brasil como “a clorofila do nosso planeta”.  E, no entanto, uma terra vastamente associada em todo o mundo com o poder brando da joie de vivre criativa elegeu um fascista para presidente. O Brasil é uma terra dilacerada.  O ex-pára-quedista Jair Bolsonaro foi eleito com 55,63 por cento dos votos.  No entanto, um recorde de 31 milhões de votos foi considerado ausente ou nulo e sem efeito.  Nada menos que 46 milhões de brasileiros votaram no candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad;  professor e ex-prefeito de São Paulo, uma das megalópoles cruciais do Sul Global.  O fato surpreendente é que mais de 76 milhões de brasileiros não votaram em Bolsonaro. Seu primeiro discurso como presidente exalava o

REINVENTAR A ESQUERDA: COMBATER A CULTURA FASCISTA!!!

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Bom dia a todos e todas, uma das vantagens de estar banido da vida pública, ou seja, de estar literalmente entre os iguais (tenho pouco contato físico com pessoas e minha vida se resume ao bairro onde moro, por razões políticas e médicas (sou estabilizado todos os dias com Duloxetina e durmo com Trazodona combinada com Valeriana composta, fora o Aprazo lam para emergências e terapia toda semana) posso mirar o mundo a distância, exercendo o famoso ponto de vista arquimediano (olhar o mundo como se estivesse fora dele). Muitos, como eu,tem razão por estarem tristes, afinal não temos ideia da extensão da noite de São Bartolomeu que se abateu sobre nós e contaremos nossas perdas em corpos e destruição de direitos. Entretanto, como diz Cristiane Mare da Silva, citando a Monja Cohen, as desilusões nos aproximam da verdade. E o que quero evidenciar aqui, é que os "progressistas" estão provando do próprio veneno, pois, partilham com os bolsonaristas a mesma lógica de ação,

Doug Bandow: América deve perceber que não tem voz no futuro da Síria

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ESCOLHA DO EDITOR  |  16.10.2018 A realidade no terreno é que não há uma boa razão para a continuação da presença militar dos EUA. Doug BANDOW Damasco é grande e movimentada, como convém à capital da Síria.  A cidade abriga a elite da nação e está repleta de prédios do governo e forças de segurança.  A imagem do presidente Bashar al-Assad adorna praticamente todas as ruas.  Não há dúvida de quem está no comando. Mas dirija apenas alguns minutos e você entrará em um bairro que só recentemente se recuperou depois de uma luta amarga.  Edifícios destruídos permanecem como sentinelas silenciosas em meio a um mar de escombros.  A carnificina de sete anos de horrenda guerra civil atingiu até Damasco. Finalmente, o conflito está acabando.  Assad venceu e Washington perdeu.  No entanto, o impacto da guerra perdurará por anos, talvez décadas.  Eu passei uma semana no estado devastado pela guerra (às custas da minha organização).  A abordagem da América tem sido um fracasso desastro

POR QUE VOTAMOS EM HITLER?

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POR QUE VOTAMOS EM HITLER? Por:OLIVER STUENKEL Ao longo da década de 1920, Adolf Hitler era pouco mais do que um ex-militar bizarro de baixo escalão, que poucas pessoas levavam a sério. Ele era conhecido principalmente por seus discursos contra minorias, políticos de esquerda, pacifistas, feministas, gays, elites progressistas, imigrantes, a mídia e a Liga das Nações, precursora das Nações Unidas. Em 1932, porém, 37% dos eleitores alemães votaram no partido de Hitler, a nova força política dominante no país. Em janeiro de 1933, ele tornou-se chefe de governo. Por que tantos alemães instruídos votaram em um patético bufão que levou o país ao abismo? Em primeiro lugar, os alemães tinham perdido a fé no sistema político da época. A jovem democracia não trouxera os benefícios que muitos esperavam. Muitos sentiam raiva das elites tradicionais, cujas políticas tinham causado a pior crise econômica na história do país. Buscava-se um novo rosto. Um anti-político promoveria mudanças de