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Mostrando postagens de setembro, 2014

Aranha! Aranha! Todos nós conhecemos direitinho como funciona nosso racismo, não somos inocentes

Este texto de Tony Belloto nos chegou por email na Lista Discriminação Racial, encaminhada por Carlos Medeiros. Estive recentemente no Rio Grande do Sul e me surpreendi com comentários de parte da imprensa gaúcha, que, de certa forma, tentavam minimizar a gravidade das ofensas racistas da torcedora gremista Patrícia Moreira ao goleiro Aranha, do Santos. Após a torcedora, em prantos, ter declarado à imprensa que chamar o goleiro de macaco não foi uma ofensa racista, e de ter publicamente invocado seu perdão, vários jornalistas em solidariedade começaram a sugerir que Aranha tivesse a “grandeza” de perdoar Patrícia pelas injúrias. Se chamar um homem negro de macaco não é uma ofensa racista, é o quê? Uma demonstração carinhosa de admiração e respeito? É admissível que alguém numa conversa declare: “Realmente aquele macaco do Joaquim Barbosa fez um trabalho excelente no STF”? Ou: “O macaco do Obama é de fato um orador notável”? Mas como é veloz esse macac...

EUA e luta de classes − A Próxima Guerra Racial Não Será Racial

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17/8/2014,  Kareem Abdul-Jabbar ,  Time “ The Coming Race War Won’t Be About Race ” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu Ferguson não é apenas questão de racismo sistêmico − é sobre a luta de classes e como os pobres nos EUA são tratados, diz  Kareem Abdul-Jabbar Manifestante de Ferguson (17/8/2014) Você provavelmente já ouviu falar sobre o tiroteio na Estadual Kent: dia 4/5/1970, a Guarda Nacional de Ohio abriu fogo contra estudantes que protestavam na Universidade Estadual Kent. Naqueles 13 segundos de tiroteio, quatro estudantes foram mortos e nove foram feridos, um dos quais ficou paralítico para sempre. O choque e os protestos resultaram numa greve nacional de 4 milhões de estudantes, que fecharam mais de 450 campus no país. Cinco dias depois do tiroteio, 100 mil manifestantes reuniram para protestar em Washington, D.C. E a juventude da nação foi energicamente mobilizada para pôr fim à Guerra do Vietnã, ao r...

Entrevista de Cristiane Mare da Silva na Revista Afrofemenina: Conociendo a Brasil

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afrofemina / 2 días ago Os presentamos esta entrevista que se hizo con el objetivo de saber un poco más de Brasil y su comunidad afrodescendiente. Cuánto se ha avanzado social y económicamente y cuánto falta. Para ello hemos entrevistado a la profesora afrobrasileña y también secretaria de las mujeres de la UNEGRO (Unión de Negros por la Igualdad de Sta Catarina) Cristiane Mare da Silva. Afroféminas: Desde España tenemos muchos estereotipos sobre la mujer brasileña. Nos gustaría que nos comentaras cómo es la mujer afro en Brasil. Cristiane: ¡Hola! De acuerdo al Censo de 2010 Brasil es un país con 190.732.694 personas, con una población de 50,7% de negros, así decir que las mujeres negras somos 43 millones de personas. Traigo estos datos para reflejar cuan complejo y difícil sería generalizar estas mujeres; no creo en la idea de una mujer afro en singular, o como algo fijo. Somos mujeres afro-brasilenãs en plural. Por lo contrario corremos el riesgo ...