Aranha! Aranha! Todos nós conhecemos direitinho como funciona nosso racismo, não somos inocentes
Este texto de Tony Belloto nos chegou por email na Lista Discriminação Racial, encaminhada por Carlos Medeiros. Estive recentemente no Rio Grande do Sul e me surpreendi com comentários de parte da imprensa gaúcha, que, de certa forma, tentavam minimizar a gravidade das ofensas racistas da torcedora gremista Patrícia Moreira ao goleiro Aranha, do Santos. Após a torcedora, em prantos, ter declarado à imprensa que chamar o goleiro de macaco não foi uma ofensa racista, e de ter publicamente invocado seu perdão, vários jornalistas em solidariedade começaram a sugerir que Aranha tivesse a “grandeza” de perdoar Patrícia pelas injúrias. Se chamar um homem negro de macaco não é uma ofensa racista, é o quê? Uma demonstração carinhosa de admiração e respeito? É admissível que alguém numa conversa declare: “Realmente aquele macaco do Joaquim Barbosa fez um trabalho excelente no STF”? Ou: “O macaco do Obama é de fato um orador notável”? Mas como é veloz esse macac...