I Seminário Internacional Africas: historiografia africana e ensino de história (01/06/2009)
Nesse sentido, deve-se considerar ainda, para o caso do Brasil, que a proposta se justificou – para além das relações sociais que este país tem com o continente africano – face às alterações propostas pela Lei 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, que modificou as diretrizes e bases da educação nacional – LDB 9.394/96 – passando a incluir no currículo oficial da rede de educação, a obrigatoriedade do ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira.
Nesse contexto, tornou-se imprescindível o debate sobre a produção historiográfica que vem ocorrendo a partir, sobretudo, dos historiadores africanos, e como essa historiografia exerce influência nas discussões do ensino de história da África, quer seja nos cursos de história das universidades brasileiras, quer seja na formação de professores para o sistema de ensino básico brasileiro.
O intuito central foi possibilitar que nesse seminário fossem discutidos, por exemplo, quais os desafios e as novas perspectivas para se pesquisar e produzir conhecimento em ciências sociais e humanas, em especial no campo da história, sobre as sociedades da África, priorizando debater a relevância dos valores civilizatórios das culturas africanas para a humanidade e mais especificamente para a construção da história do Brasil.
Tal abordagem buscou possibilitar uma reflexão sobre as principais discussões no campo da historiografia e do ensino de uma história da África e qual o impacto do pensamento social e da produção do conhecimento em África e no Brasil sobre a memória social nas duas bordas do Atlântico.
Deste modo, o seminário intentou propiciar que os pesquisadores envolvidos, sobretudo aqueles de países africanos, compartilhassem de suas experiências no campo do conhecimento, principalmente, para se discutir noções das várias temporalidades históricas inerentes à historicidade do continente africano, assim como debater quais as abordagens, os objetos, os métodos e o uso de fontes na produção e no ensino de história da África.
Historiografia africana e Ensino de história
Etapa Florianópolis
Comentários