O que devemos aprender com a Karol...

Por Cristiane Mare da Silva e Paulino Cardoso Gostaríamos que nós brasileiros aproveitássemos as situações limites do cotidiano, não como momento para o exercício da vingança e da demonização de indivíduos e organizações. Uma atitude compreensiva, que trás dentro de si a compaixão e o perdão, nos lançaria na reflexão acerca da complexidade das relações raciais no Brasil e nas respostas a violência do dia a dia. Sejamos claros, a cultura da lacração, a estética do tombamento e manipulação das redes sociais, desligou o movimento de mulheres, em especial de mulheres negras, das suas raízes emancipatórias e revolucionárias e as colocou nos braços do Imperialismo humanitário estadunidense e europeu. Trata-se de uma arma que desvia o debate público das necessárias mudanças estruturais que o país precisa, para nos convertermos, via identidade, numa infinidade de povos em guerra de todos contra todos, na qual, escolhido o adversário, ele é racializado e submetido ao direito do inim...