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DEPOIMENTO KARLA – Agradecimento ao NEAB-UDESC

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Monografia Prêmio Silvio Coelho dos Santos Decidi pelo curso de História ao longo de minha trajetória no Cursinho Pré-Vestibular Comunitário realizado em Florianópolis em 2004 e 2005. Durante o Ensino Médio, realizado em escola estadual pública em Santa Catarina, na cidade interiorana de Grão-Pará (SC), onde nasci, raras foram as vezes em que imaginei alcançar o objetivo de uma universidade pública. Acabei prestando vestibular em 2005 para História na UDESC, em duas etapas, pois na época o vestibular era vocacionado. Adentrando em agosto de 2005 na universidade, o mundo tomava outras dimensões. Naquele período, ainda me adaptando à vida na capital do estado, bastante distinta da área rural de onde viera, dividia as atividades de estudo com o emprego de empregada doméstica, função que desempenhei por 3 anos, inclusive durante uma parte considerável de minha trajetória universitária. Passados 3 semestres do início do curso de História, uma oportunidade diferente surgiu, permiti...

Lutar contra colonialismo, unificar a diáspora:os desafios do Movimento Negro no século XXI.

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Vire e mexe, alguma pessoa, provavelmente exausta, compara os êxitos dos afro-americanos com as nossas desventuras e concluem que o movimento negro estadunidense é mais forte que o brasileiro. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que existem dois mundos nos EUA. Uma coisa é o Norte e outra o Sul. Segundo, a política de encarceramento em massa nos EUA, começo no outro dia do processo de reconstrução, e permitiu aos brancos manter a população afro dependente, inclusive fazendo largo uso do trabalho forçado, tendo milhões de encarcerados (pretos e latinos), como ameaça constante. Três, os EUA não enfrentaram duas ditaduras ferozes em sua vida Republicana, nós sim. Quarto, eles são um grupo minoritário, só relevantes realmente no Sul, onde não está a riqueza e hegemonia nos EUA. Por mais que seja relevante do ponto de vista simbólico, a junção preto + pardos produz uma ilusão numérica,  os pardos, no sentido político do termo, gente não branca que constrói sua identidade desej...

Carta de Agradecimento das acadêmicas do NEAB-UDESC participantes do Programa Abdias do Nascimento de Mobilidade Acadêmica

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Durante muitos anos, os intelectuais comprometidos com a construção de uma sociedade democrática, justa e igualitária focaram sua produção intelectual e/ou acadêmica na desconstrução dos valores hegemônicos e institucionais que sustentaram o racismo, o colonialismo e a dominação branca em nosso país. Seus esforços não foram em vão. Hoje, a luta antirracista está na agenda política do Brasil, onde foram constituídos vários projetos a partir das reivindicações do movimento negro para a construção de uma educação que garanta o acesso daqueles que por muito tempo foram privados de diversas oportunidades, entre elas a educação de qualidade. E uma das conquistas dessas lutas foi a realização concreta do Programa Abdias do Nascimento, que possibilitou que nós, três mulheres negras, tivéssemos a oportunidade  de estar aqui, na University of  Florida.  Antes, era inimaginável que nós, estivessemos na graduação e na pós-graduação, tampouco usufruindo deste Programa de...

Na dúvida, bombardeie a China

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28/7/2017, Pepe Escobar, Asia Times O colapso atual do mundo unipolar, com a emergência inexorável de quadro multipolar, está deixando correr solta uma subtrama aterradora – a normalização da ideia de guerra nuclear. A prova mais recente disso apareceu sob a forma de um almirante dos EUA que diz a quem queira ouvi-lo que está pronto a obedecer ordens do presidente Trump de disparar um míssil nuclear contra a China. Esqueçam o fato de que guerra nuclear no século 21 que envolva as grandes potências será A Última Guerra. Nosso almirante, almirantemente chamado Swift ["rápido", "veloz"], só está preocupado com minúcias democráticas tipo "todos os membros das forças armadas dos EUA fizeram um juramento de defender a Constituição dos EUA contra todos os inimigos estrangeiros e domésticos e obedecer aos oficiais superiores e ao presidente dos EUA como comandante-em-chefe e chefe de todos nós." É pois questão de lealdade ao Presidente e cont...

Loucura do Império aproxima Rússia e Alemanha

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29/7/2017, Pepe Escobar, SputnikNews Com Orwelliana maioria de 99%, que encheria de orgulho a dinastia Kim na Coreia do Norte, o Capitólio da "democracia representativa" passou como trator e aprovou o mais recente pacote de sanções da Câmara/Senado , que visa principalmente a Rússia, mas também atira contra Irã e Coreia do Norte. O anúncio pela Casa Branca – no final da tarde da 6ª-feira – em pleno verão – de que o presidente Trump aprovou e assinará a lei acabou literalmente soterrado no ciclo do noticiário tomado completamente, 24h/dia, sete dias por semana, pela histeria relacionada ao chamado ' russiagate '. Trump terá de justificar por escrito, ao Congresso, qualquer iniciativa para suavizar as sanções contra a Rússia. E o Congresso pode iniciar revisão automática de qualquer iniciativa dessa natureza. Tradução: já soou o dobre de Finados de qualquer possibilidade de a Casa Branca vir a reiniciar melhores relações com a Rússia. O Congresso de ...

Cheiro de buceta

21 • 01 • 2016 |  Por Palmira Margarida           Vou começar a rastrear esse cheiro polêmico com a calcinha da vereadora Lucimara Passos , que em 2014, lá em Aracaju (na Tribuna da Câmara), tirou a peça íntima do bolso informando, publicamente, que estava sem calcinha por baixo da roupa. Ela mostrou o pequeno pedaço de tecido, como ato de protesto, para o seu “amigo” de trabalho, o também vereador Agamenon Sobral, que, uns dias antes, tinha chamado uma mulher que queria casar sem calcinha de vagabunda e dito que a mesma deveria “levar uma surra”!        Pois bem, por que mulheres sem calcinha merecem uma surra mesmo? Por que mesmo minha vagina deve ficar 24 horas escondida em tecidos e embebida em dezenas de produtos químicos que os ginecologistas já cansaram de dizer que fazem mal? Um homem sem cueca por baixo da calça causa tanto escândalo? Quantos de v...

EUA e Rússia à beira do abismo na Síria Curdos sírios, os que mais perdem

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EUA e Rússia à beira do abismo na Síria Curdos sírios, os que mais perdem 21/6/2017,  Elijah J. Magnier Blog A batalha entre aliados dos EUA e aliados da Rússia está em flagrante escalada no nordeste da Síria, criando risco real de que as superpotências deslizem para confronto direto, para protegerem cada um os próprios interesses. Mas ao final, Washington absolutamente não vencerá na Síria, e seus aliados – liderados pelos curdos sírios sob a bandeira de "Forças Democráticas Sírias, FDS [ing.  Syrian Democratic Forces, SDF ) – pagarão o mais alto preço. Claro que os falcões de Washington acreditam que possam provocar ou intimidar Moscou na Síria: EUA já bombardearam o aeroporto militar sírio de Shyay’rat onde havia forças russas estacionadas, com outras unidades sírias. Além disso, jatos de Washington bombardearam aliados russos já três vezes consecutivas, perto do posto de fronteira entre Síria e Iraque, em Al-Tanf. E, por último, mas não menos importante, recentemente ...