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Aranha! Aranha! Todos nós conhecemos direitinho como funciona nosso racismo, não somos inocentes

Este texto de Tony Belloto nos chegou por email na Lista Discriminação Racial, encaminhada por Carlos Medeiros. Estive recentemente no Rio Grande do Sul e me surpreendi com comentários de parte da imprensa gaúcha, que, de certa forma, tentavam minimizar a gravidade das ofensas racistas da torcedora gremista Patrícia Moreira ao goleiro Aranha, do Santos. Após a torcedora, em prantos, ter declarado à imprensa que chamar o goleiro de macaco não foi uma ofensa racista, e de ter publicamente invocado seu perdão, vários jornalistas em solidariedade começaram a sugerir que Aranha tivesse a “grandeza” de perdoar Patrícia pelas injúrias. Se chamar um homem negro de macaco não é uma ofensa racista, é o quê? Uma demonstração carinhosa de admiração e respeito? É admissível que alguém numa conversa declare: “Realmente aquele macaco do Joaquim Barbosa fez um trabalho excelente no STF”? Ou: “O macaco do Obama é de fato um orador notável”? Mas como é veloz esse macac...

EUA e luta de classes − A Próxima Guerra Racial Não Será Racial

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17/8/2014,  Kareem Abdul-Jabbar ,  Time “ The Coming Race War Won’t Be About Race ” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu Ferguson não é apenas questão de racismo sistêmico − é sobre a luta de classes e como os pobres nos EUA são tratados, diz  Kareem Abdul-Jabbar Manifestante de Ferguson (17/8/2014) Você provavelmente já ouviu falar sobre o tiroteio na Estadual Kent: dia 4/5/1970, a Guarda Nacional de Ohio abriu fogo contra estudantes que protestavam na Universidade Estadual Kent. Naqueles 13 segundos de tiroteio, quatro estudantes foram mortos e nove foram feridos, um dos quais ficou paralítico para sempre. O choque e os protestos resultaram numa greve nacional de 4 milhões de estudantes, que fecharam mais de 450 campus no país. Cinco dias depois do tiroteio, 100 mil manifestantes reuniram para protestar em Washington, D.C. E a juventude da nação foi energicamente mobilizada para pôr fim à Guerra do Vietnã, ao r...

Entrevista de Cristiane Mare da Silva na Revista Afrofemenina: Conociendo a Brasil

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afrofemina / 2 días ago Os presentamos esta entrevista que se hizo con el objetivo de saber un poco más de Brasil y su comunidad afrodescendiente. Cuánto se ha avanzado social y económicamente y cuánto falta. Para ello hemos entrevistado a la profesora afrobrasileña y también secretaria de las mujeres de la UNEGRO (Unión de Negros por la Igualdad de Sta Catarina) Cristiane Mare da Silva. Afroféminas: Desde España tenemos muchos estereotipos sobre la mujer brasileña. Nos gustaría que nos comentaras cómo es la mujer afro en Brasil. Cristiane: ¡Hola! De acuerdo al Censo de 2010 Brasil es un país con 190.732.694 personas, con una población de 50,7% de negros, así decir que las mujeres negras somos 43 millones de personas. Traigo estos datos para reflejar cuan complejo y difícil sería generalizar estas mujeres; no creo en la idea de una mujer afro en singular, o como algo fijo. Somos mujeres afro-brasilenãs en plural. Por lo contrario corremos el riesgo ...

Ativistas querem R$ 3 bilhões para combate ao racismo

Em Segunda-feira, 11 de Agosto de 2014 11:02, ivair augusto alves dos santos < ivairs@gmail.com > escreveu: Ativistas lançam na próxima quinta-feira (14), às 20 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas, em Brasília ( SIG Quadra 2, lote 420 - City Offices)   a campanha pelo projeto de iniciativa popular para criar o Fundo Nacional de Combate ao Racismo (FNCR).   A proposta é captar 1,4 milhão de assinaturas a fim de apresentar ao Congresso Nacional um projeto legislativo para aprovar o fundo. A estimativa é que esse instrumento venha a contar com um patrimônio financeiro de cerca de R$ 3 bilhões até 2030.   O montante será usado para apoiar ações e programas de promoção da igualdade racial em todo o país. Um dos slogans cunhados pelos mentores do projeto é “racismo se combate com recursos”, explica Mário Theodoro, que coordena a campanha.   A estratégia de marketing está montando peças com fotos de personalidades da...

Embargo ao Estado terrorista de Israel

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http://www.adolfoperezesquivel.org/ Por Altamiro Borges no Blog do Miro. Em mais um dia de intensos bombardeios, cerca de 60 palestinos foram assassinados neste domingo (20) pela ação terrorista do Estado de Israel. Segundo a agência de notícias Reuters, residentes de um bairro de Gaza "deixaram as ruas do conflito repletas de corpos e destroços, e muitos se abrigaram no hospital de Shifa. Lamentos e perguntas como 'você viu Ahmed' ou 'você viu minha esposa' ecoavam no pátio do hospital. Na parte de dentro, mortos e feridos eram vistos deitados no chão manchado de sangue. O diretor do hospital de Shifa, Naser Tattar, disse que 17 crianças, 14 mulheres e quatro idosos estavam entre os 62 mortos, e cerca de 400 pessoas foram feridas no ataque de Israel". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que comanda a ofensiva aérea e terrestre, parece não ter freios nesta ação terrorista, que já causou mais de 400 mortos - a m...

A solidão da Palestina

Por Emir Sader  publicado no Blog  Ilharga “O mais difícil é ser a vítima das vítimas”, dizia Edward Said, para expressar uma das dimensões dos obstáculos que encontram os palestinos para lutar contra a ocupação israelense de seus territórios. A solidão atual dos palestinos demonstra como essa era apenas uma das tantas dificuldades que eles têm que enfrentar para sobreviver. O direito elementar, aprovado há décadas pela ONU, de ter um Estado Palestino, da mesma forma que existe o Estado de Israel, é bloqueado pelo voto dos EUA no Conselho de Segurança e a ONU não faz nada para contornar essa atitude norte-americana. A Palestina segue sendo dois territórios descontínuos – Cisjordânia e Gaza -, o primeiro esquartejado pelos muros, violado pelos assentamentos judeus e ocupado militarmente. Gaza, cercada e atacada a cada tanto, impunemente, como de novo agora. Não existe como Estado e se busca que a Palestina deixe de existir como territórios isolados, a...

Dilma colheu o que não semeou, por Wanderley Guilherme dos Santos

Enviado por Webster Franklin Da Carta Maior/ Do GGN Dilma Rousseff colheu o que não semeou A presidenta colheu precisamente os resultados do que não semeou: não promoveu a emergência de um sistema democrático de informação. Wanderley Guilherme dos Santos Aproveitando a vaia pornofônica que singularizou a participação dos reacionários e distraídos na abertura da Copa das Copas, a oposição saiu-se com o comentário de que a presidenta Dilma Roussef colheu o que semeou. Pensou que estava abafando. Não estava. Para além da falta de compostura e civilidade, a oposição errava outra vez no diagnóstico. A presidenta colheu precisamente os resultados do que não semeou: não promoveu a emergência de um sistema de informação democratizado. A falta de pluralismo nos meios de comunicação não é ambição de esquerdas partidárias. Trata-se da prestação de um serviço privado, pago por cons...