Negros ocupam metade das bolsas do ProUni
Por Mônica Aguiar Souza no blog

No
Brasil, juntos, pretos e pardos são 50,7% da população, segundo o censo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o
grupo é minoria no ensino superior. O Censo da Educação Superior de
2012 mostra que, dos 7 milhões de estudantes, 187 mil são pretos e 746
mil pardos, o que representa 13,3% do total. A maioria dos negros está
em instituições particulares, 608 mil, 62,2% dos que cursam ensino
superior.

“A
reivindicação é por uma educação pública de qualidade para que um dia
esses programas compensatórios, como as cotas e o ProUni, possam deixar
de existir", diz, acrescentando que “ainda que tenham as cotas, elas são
metade do que reivindicamos historicamente, que é a ocupação das vagas
na proporção da presença de negros em cada estado”.
O
ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições
particulares de ensino. As integrais são para estudantes com renda bruta
familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas
parciais são para candidatos com renda bruta familiar igual ou inferior a
três salários mínimos por pessoa. O bolsista parcial pode usar o Fundo
de Financiamento Estudantil (Fies) para custear o restante da
mensalidade. Em 2014, foram ofertadas 191 mil bolsas, entre parciais e
integrais. Atualmente, participam do programa 1,2 mil instituições e, no
total, 500 mil bolsas estão ativas.

Para
Paulo Speller, o programa está cumprindo o papel social. "A conclusão
que podemos tirar é que o ProUni é um programa efetivamente de inclusão
social. Tem sido aperfeiçoado, mas esses dados são em relação ao total.
Temos aqui uma plataforma que atesta o grande sucesso que tem sido esse
programa", diz o secretário. Ele explica que os bolsistas integrais
matriculados em cursos presenciais com, no mínimo, seis semestres e cuja
carga horária média é igual ou superior a 6h diárias podem receber
também uma bolsa permanência de R$ 400. Segundo Speller, 6,8 mil alunos
estão aptos a receber o benefício.
Fonte: EBC
Foto: Mônica Aguiar
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