Manlio Manucci. Implantação armada do Ocidente da Europa para o Indo-Pacífico.Red Voltaire, 16 de abril de 2023.
Em 22 de abril, começa o exercício militar multinacional Defender 23 , liderado pelas Forças Terrestres dos Estados Unidos na Europa ( US Army Europe ).
Defender 23 acontecerá durante 2 meses em 10 países europeus. Participarão 9.000 soldados americanos e 17.000 de 26 países aliados dos Estados Unidos, com a Itália em primeiro plano. Neste exercício, serão utilizados 7.000 equipamentos (armas e material militar) enviados para a Europa pelos Estados Unidos, além de outros 13.000 equipamentos provenientes dos depósitos que as forças terrestres dos Estados Unidos possuem na Europa.
Ao final do Defender 23 , em junho, acontecerá na Europa uma grande manobra de guerra aérea com a participação de caças-bombardeiros dos Estados Unidos e seus aliados, capazes de portar tanto armas convencionais quanto armas nucleares.
Enquanto a Europa se torna um campo de treinamento para a guerra contra a Rússia, as forças de mísseis estratégicos da Federação Russa estão reforçando sua própria capacidade de combate com o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de carregar mais ogivas nucleares do que seus predecessores.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estão aumentando seu destacamento de forças militares na região do Indo-Pacífico, que, na geografia particular do Pentágono, se estende desde a costa oeste dos Estados Unidos até a Índia. O alvo central dessa escalada é a China, cujas iniciativas políticas e econômicas, agora especialmente no Oriente Médio, despertam cada vez mais medo em Washington. Emblemática é a seguinte manchete do Washington Post : "A nova ordem mundial da China está tomando forma".
Apesar das tentativas dos EUA de isolar o gigante asiático, empresários franceses e alemães estão fechando grandes contratos com a China.
Este trabalho resume brevemente a crítica da imprensa internacional Grandangolo Pangea transmitida em 14 de abril de 2023 pelo canal de televisão italiano Byoblu
Nota
« Ao mesmo tempo », vejamos um exemplo (Marselhesa) da recente viagem à China de empresários franceses:« A CMA CGM fez um pedido de 16 navios porta-contêineres com o construtor chinês China State Shipbuilding Corporation (CSSC). A operação, pelo valor recorde de 3,06 mil milhões de dólares, foi anunciada na semana passada, durante a visita de Emmanuel Macron [presidente da França] à China ».Manlio Dinucci
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